Em tempos de pandemia, Janeiro Branco chega à 8.ª edição mobilizando a sociedade em prol de um grande pacto pela Saúde Mental ao longo do mês de janeiro de 2021.
Origem da Campanha Janeiro Branco
O Janeiro Branco é dedicado a colocar os temas da “Saúde Mental” em evidência na sociedade. Chamando a atenção dos indivíduos e das instituições sociais para os universos mentais, emocionais, sentimentais, comportamentais e subjetivos dos seres humanos.
Idealizada pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão, a Campanha ganhou vida em Janeiro de 2014 quando psicólogos(as) de Uberlândia(MG) foram às ruas, às instituições e às mídias da cidade para falarem às pessoas sobre:
- Saúde Mental
- Saúde Emocional
- Sentido de vida
- Qualidade de vida
- Harmonia nas relações humanas
Janeiro Branco 2021
A Campanha Janeiro Branco 2021 tem a sua importância redobrada e chega à sua 8.ª edição com uma missão fundamental em tempos de pandemia: inspirar indivíduos e instituições sociais a participarem de um grande pacto universal em defesa da Saúde Mental da humanidade.
Segundo Leonardo Abrahão, psicólogo idealizador da Campanha Janeiro Branco, “a humanidade precisa de um pacto pela Saúde Mental em que todas as pessoas se comprometam com a ideia de que ‘todo cuidado conta!’ quando o objetivo é a criação de condições para vidas mais saudáveis e melhores para todo mundo”.
Pandemia do COVID-19 agravou vários problemas relacionados à Saúde Mental
Estudos e pesquisas sobre os efeitos colaterais da pandemia do COVID-19 começaram a surgir e a mostrar os grandes desafios que a humanidade tem pela frente: além de vencer o novo Coronavírus, os indivíduos e as instituições sociais também deverão reunir esforços e desenvolver estratégias públicas e privadas para proteger, fortalecer e promover a Saúde Mental das pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia interrompeu serviços essenciais de Saúde Mental em 93% dos países do mundo e, ao mesmo tempo, intensificou a procura por esses mesmos serviços.
No Brasil — país que já é um dos recordistas mundiais em relação à depressão, à ansiedade e a números absolutos de suicídios —, a primeira fase de uma pesquisa realizada no final de 2020 pelo Ministério da Saúde
detectou ansiedade em 86,5% dos indivíduos pesquisados,
transtorno de estresse pós-traumático em 45,5% e depressão
grave em 16% dos participantes do estudo.
Outro estudo, realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com 12.000 pessoas de 33 países da América Latina e Caribe (30,8% eram brasileiros), revelou que 35% dos entrevistados relataram aumento na frequência do comportamento de beber de forma excessiva e em um curto período de tempo — situação que pode desencadear sérios problemas em relação à Saúde Mental dos envolvidos.
Além disso, também não faltam estudos sobre a ampliação das violências domésticas, do abuso infantil e do adoecimento emocional por parte de jovens e de idosos submetidos ao isolamento social.
Como afirma Abrahão, “2020 foi um ano de provas, de desafios e de revelações em relação à Saúde Mental de todas as pessoas do mundo”.
Janeiro Branco e o Plano de Saúde
No Brasil, em 2019, os beneficiários de planos de saúde realizaram cerca de 29 milhões de procedimentos relacionados ao cuidado em saúde mental – um crescimento de aproximadamente 167% em relação ao número realizado em 2011. Confira abaixo os dados extraídos do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar:

Esses dados demonstram a relevância de se ampliar o debate e as estratégias para enfrentamento desse panorama, sendo também um desafio para a saúde suplementar.